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Cid tinha conhecimento de que as joias recebidas durante o governo Bolsonaro eram consideradas de “interesse público”

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Imagem: Reprodução ESTADÃO

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tinha plena consciência de que as joias recebidas pelo governo em suas viagens internacionais eram de interesse público. A Polícia Federal (PF) está investigando um possível esquema ilegal de venda desses itens de luxo.

A jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, revelou essa informação, e o blog confirmou sua veracidade. Mensagens de texto e imagens obtidas no celular de Mauro Cid indicam que ele estava ciente da Lei 8.394, que estabelece que, em caso de venda de itens semelhantes, a União tem prioridade na aquisição.

O advogado Fabio Wajngarten, procurado pelo blog, confirma a autenticidade das mensagens e afirma que o conteúdo demonstra que, na época, ele não conhecia o Rolex, pois estavam discutindo o kit rosé. Além disso, como já foi revelado pelo blog, a defesa de Bolsonaro entregará às autoridades a totalidade das mensagens trocadas entre Cid e Wajngarten.

As conversas analisadas pela PF envolvem Mauro Cid, Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República (responsável pela gestão do acervo de presentes), e Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro durante seu mandato. Para a PF, as mensagens deixam claro que “além da existência de um esquema de peculato (desvio de recursos públicos)”, Câmara e Cid estavam “plenamente cientes das restrições legais relacionadas à venda dos bens no exterior”.

A defesa de Bolsonaro argumenta repetidamente que os itens eram de propriedade privada do ex-presidente, embora haja contradições em suas declarações sobre o caso das joias.

As contradições de Jair Bolsonaro:

  • Em 4 de março, Bolsonaro afirmou que não havia solicitado nem recebido presentes.
  • No dia seguinte, disse que os itens recebidos seriam destinados ao acervo público.
  • Meses depois, após a imprensa revelar a existência de pelo menos dois kits com itens de luxo vendidos de forma ilegal, o ex-presidente afirmou que “Nada foi extraviado, nada desapareceu. Nada foi escondido. Ninguém vendeu nada. Acho que a questão desses três pacotes está resolvida”.
  • Em 18 de agosto, Bolsonaro afirmou que os itens eram pessoais e exclusivos.
  • Em 31 de agosto, Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras seis pessoas prestaram depoimento sobre o caso das joias nas sedes da Polícia Federal em Brasília e São Paulo. Nessa ocasião, Bolsonaro permaneceu em silêncio, assim como Michelle, Marcelo Câmara e Fabio Wajngarten, ex-chefe da comunicação do governo Bolsonaro.