Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Sem consenso, Câmara retira votação do PL Antifacção da pauta
Brasil
Sem consenso, Câmara retira votação do PL Antifacção da pauta
Palácio Tiradentes recebe visita teatral gratuita sobre a Proclamação da República
Cultura
Palácio Tiradentes recebe visita teatral gratuita sobre a Proclamação da República
Duque de Caxias entrega hospital veterinário reformado e amplia atendimento gratuito
Baixada Fluminense
Duque de Caxias entrega hospital veterinário reformado e amplia atendimento gratuito
Niterói inaugura novas instalações do Centro de Formação Darcy Ribeiro
Niterói
Niterói inaugura novas instalações do Centro de Formação Darcy Ribeiro
Inflação desacelera para 0,09%, menor índice para um outubro desde 1998
Destaque
Inflação desacelera para 0,09%, menor índice para um outubro desde 1998
PGR pede condenação de nove dos dez réus do núcleo 3 da trama golpista
Brasil
PGR pede condenação de nove dos dez réus do núcleo 3 da trama golpista
Duque de Caxias entrega um novo hospital veterinário
Caxias
Duque de Caxias entrega um novo hospital veterinário

Haddad e Alckmin anunciam descontos em carros que vão variar entre R$ 2 mil e R$ 8 mil

Siga-nos no

Ônibus, caminhões e carros de passeio — de até R$ 120 mil — vão receber incentivo fiscal de R$ 1,5 bilhão do governo federal, com o objetivo de reduzir os preços dos veículos e aquecer o setor da indústria automotiva.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (5) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e da Indústria, Geraldo Alckmin, em coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto.

Apesar de o incentivo ter sido inicialmente pensado apenas para a venda de carros — nos modelos de entrada — segundo Haddad, o programa foi “repaginado”, e o foco passou a ser em automotivos de carga e ônibus.

Do total de R$ 1,5 bilhão que a equipe econômica reservou para o programa, estão mantidos os R$ 500 milhões previstos originalmente para reduzir os preços dos carros — valor adiantado pela CNN na sexta-feira (2).

Conforme o anúncio desta segunda (5), o R$ 1 bilhão que o governo acrescentou no pacote será destinado somente para fortalecer a indústria de ônibus e caminhões.

“Resolvemos combinar e ampliar o crédito do programa de R$ 500 milhões para R$ 1,5 bilhão, o [valor do] programa todo somado é de R$ 1,5 bilhão. Sendo R$ 500 milhões para automóveis baratos e pouco poluentes, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus”, detalhou Haddad.

Descontos tabelados

Pelas medidas anunciadas por Haddad e Alckmin, os carros hoje vendidos por até R$ 120 mil podem ter descontos que vão variar entre R$ 2 mil e R$ 8 mil.

Já os descontos tributários para caminhões e ônibus vão de R$ 33.600 a R$ 99.400 no preço final dos veículos.

O valor da isenção vai ser definido por três fatores: preço, eficiência energética e densidade industrial no país. Ou seja, o corte nos impostos será maior: quanto menor for o valor do veículo; quanto menor for a emissão de poluentes; e quanto maior for a produção de peças em fábricas brasileiras.

Os descontos fiscais vão valer por até 120 dias — ou quatro meses —, ou até esgotar o orçamento reservado de R$ 1,5 bilhão. “Quando bater em R$ 1,5 bilhão do crédito o programa está encerrado. Então ele vai até R$ 1,5 bilhão e vai ser mantido em R$ 1,5 bilhão, seja por uma semana ou seis meses. Isso vai estimular a concorrência entra as montadoras”, afirmou o ministro da Fazenda.

Renovação da frota

Segundo Alckmin, um objetivo do programa é estimular a renovação da frota brasileira de ônibus e caminhões com mais de 20 anos de idade. Proprietários terão que apresentar o licenciamento do veículo antigo que será “aposentado” e substituído pelo novo.

Haddad disse que a metodologia de substituição do veículo antigo pelo “zero quilômetro” foi pensada como uma ajuda aos autônomos — que teriam dificuldade em vender os veículos muito velhos para dar de entrada em um novo.

“No caso do caminhão e do ônibus tem uma vantagem para aquele que tem um veículo de mais de 20 anos, porque nem sempre a pessoa encontra demanda para seu veículo, esse programa vai aumentar a demanda dos veículos velhos para retira-los de circulação esse é o objetivo do programa”, explicou Haddad.

Alckmin explicou que a própria montadora vai poder comprar o veículo antigo mediante a troca pelo novo, e a própria empresa poderá enviar o velho para reciclagem das peças e receber o desconto do governo, para facilitar a venda ao cliente.

De acordo com o ministro da Fazenda, os autônomos serão priorizados nos primeiros 15 dias do programa — mas Haddad ressaltou que esse prazo pode ser prorrogado se a demanda for muito alta.

O vice-presidente Alckmin destacou que a indústria automotiva representa cerca de 20% do setor industrial no país, e ao mesmo tempo, está com 50% da capacidade instalada ociosa nas fábricas, por causa da baixa demanda.

“Essa é a nossa perspectiva, um programa enxuto, bem financiado com sustentabilidade ambiental e social e que serve de ponte para um momento em que o crédito volte à normalidade para os bens duráveis”, afirmou Haddad.

Compensação virá do diesel

Para compensar as perdas de arrecadação com o programa, o governo espera contar com a receita por vir com o retorno da cobrança de impostos federais sobre o diesel — o que será feito de forma parcelada, com 50% da alíquota voltando a ser cobrada a partir de setembro deste ano, e os 50% restantes, em janeiro de 2024.

Com isso, a equipe econômica calcula que, até o fim deste ano, consiga arrecadar a mais, com o diesel, os R$ 1,5 bilhão para financiar o programa lançado nesta segunda (5).