Os Estados Unidos vão investigar se práticas e políticas do Brasil restringem ou prejudicam o comércio estadunidense. Um dos alvos detalhados pelo documento, divulgado nesta terça-feira (15/07), é o sistema de pagamento eletrônico PIX. “O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, diz um trecho do relatório.
O representante dos Estados Unidos para o comércio, Jamieson Greer, informou que a apuração foi aberta sob o comando do presidente Donald Trump e que outros assuntos serão apurados, como propriedade intelectual, iniciativa de combate à corrupção, acesso ao mercado de etanol, o uso de tarifas para favorecer outros países, desmatamento ilegal e comércio digital.
“Por orientação do presidente Trump, estou iniciando uma investigação com base na Seção 301 sobre os ataques do Brasil contra empresas americanas de mídia social, bem como outras práticas comerciais desleais que prejudicam empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos dos EUA”, afirmou o embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA.
No documento, o representante do órgão afirma ainda que “tem documentado as práticas comerciais desleais do Brasil que restringem o acesso de exportadores americanos ao seu mercado há décadas”, mas não apresenta provas para sustentar essas acusações.
O documento cita ainda a rua 25 de Março, tradicional polo de comércio popular no centro de São Paulo. Para o Escritório do Representante do Comércio dos EUA, a 25 de Março permanece há décadas como um dos maiores mercados de produtos falsificados, apesar de operações direcionadas para a área.