Na manhã desta sexta-feira (18), um helicóptero da Secretaria Estadual de Saúde protagonizou uma cena incomum na cidade do Rio de Janeiro: a aeronave pousou em plena Avenida Brasil, uma das mais movimentadas do país, para realizar o transporte urgente de órgãos destinados a transplante. A operação bloqueou temporariamente a via na altura do bairro Jardim América, na Zona Norte, mas teve um propósito vital — garantir que um fígado e dois rins chegassem a tempo ao Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul.
O pouso foi realizado às 7h15 e, devido ao trânsito intenso na região, o transporte aéreo foi a única forma viável de cumprir o prazo crítico necessário para o procedimento médico. Em casos de transplante, cada minuto conta. A janela de tempo entre a captação dos órgãos e o início da cirurgia é extremamente restrita, e qualquer atraso pode comprometer a viabilidade do órgão e colocar vidas em risco.
Após a decolagem do ponto de pouso improvisado, o helicóptero aterrissou no heliponto da Lagoa às 7h24. De lá, uma ambulância equipada e escoltada por batedores transportou os órgãos até o Hospital São Lucas, onde chegaram às 7h37.
A ação rápida e coordenada envolveu equipes de saúde, segurança pública e trânsito, mostrando como a logística pode ser determinante em situações de emergência médica. O impacto no tráfego foi inevitável, mas a justificativa é incontestável: vidas estavam em jogo.
A cena impressionou motoristas e pedestres, que registraram o momento em vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais. Segundo especialistas, esse tipo de operação aérea, embora raro, é autorizado em casos de extrema urgência e segue protocolos rigorosos de segurança.
