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EUA suspendem restrições à exportação de tecnologia à China

Medida visa destravar diálogo bilateral e facilitar encontro presidencial

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Reprodução

Os Estados Unidos anunciaram a suspensão das restrições à exportação de produtos de tecnologia para a China, em um esforço para fortalecer o acordo comercial bilateral e viabilizar um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping ainda este ano. A informação foi divulgada pelo Financial Times.

De acordo com o jornal, o Departamento de Comércio dos EUA recebeu orientações para adotar uma postura mais flexível nas exportações de tecnologia para Pequim. A medida se insere em um contexto de negociações mais amplas entre os países, incluindo temas como ímãs industriais e terras raras — elementos fundamentais para a fabricação de tecnologia avançada.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou que a decisão faz parte das conversas bilaterais com o governo chinês. Um dos principais marcos dessa flexibilização é a liberação da exportação do chip H20, desenvolvido pela Nvidia especialmente para o mercado chinês, cuja venda havia sido bloqueada anteriormente. A retomada das vendas foi autorizada após diálogo direto entre a empresa e o governo americano.

Paralelamente à flexibilização das exportações, os dois países devem prorrogar por mais 90 dias a trégua tarifária em vigor. Segundo o jornal South China Morning Post, a terceira rodada de negociações, marcada para acontecer em Estocolmo, na Suécia, deve resultar em um novo compromisso mútuo: evitar o aumento de tarifas e frear a escalada da guerra comercial.

A China, por sua vez, deve aproveitar a ocasião para questionar tarifas impostas pelos EUA sob o argumento de combate ao fentanil — substância associada a uma grave crise de saúde pública nos Estados Unidos. O governo Trump impôs uma tarifa adicional de 20% sobre produtos chineses, alegando omissão da China no combate à exportação de precursores químicos da droga. Fontes diplomáticas afirmam que Pequim poderia aceitar uma tarifa padrão de 10% caso os acréscimos extras sejam retirados.

Donald Trump, por sua vez, reforçou o tom otimista ao comentar o avanço das negociações. “Estamos muito perto de um acordo com a China. Já fizemos um esboço, mas vamos ver como será a implementação”, afirmou o presidente norte-americano.

Em 12 de maio, os dois países haviam chegado a um acordo temporário para reduzir as tarifas recíprocas. As taxas dos EUA sobre produtos chineses caíram de 145% para 30%, enquanto a China diminuiu de 125% para 10% as tarifas sobre itens americanos. No entanto, dias depois, Trump acusou Pequim de violar os termos do acordo por meio de uma publicação na rede Truth Social.

A embaixada chinesa em Washington rebateu a acusação e pediu o fim das “restrições discriminatórias”, além da preservação do consenso firmado nas rodadas anteriores, como a realizada em Genebra. Segundo o porta-voz Liu Pengyu, “as comunicações bilaterais e multilaterais continuam ativas em diferentes níveis”.

O novo gesto de Washington pode ser o impulso que faltava para consolidar uma nova fase nas relações comerciais entre as duas potências globais.