Um novo iquérito foi aberto pela Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A nova investigação iniciada no mês passado é referente a uma suposta propagação de fake news e crimes contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A investigação foi aberta depois que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, solicitou ao diretor-geral da PF, Andrei Passos, que apurasse a divulgação, no canal de WhatsApp de Bolsonaro, de conteúdo que associava Lula à morte de pessoas LGBTQIA+.
A publicação em questão insinua Lula estaria associado ao regime de Bashar al-Assad, na Síria, na execução de pessoas LGBTQIA+. Assad comandou a Síria de 2004 a 2024 e, durante o período, veículos de imprensa internacionais veicularam que, ao longo do regime, atos homossexuais foram criminalizados, com violência e perseguição contra gays. O regime de Assad caiu em 8 de dezembro do ano passado. O ditador, junto à família, fugiu para a Rússia após grupos rebeldes tomarem o controle da capital, Damasco.
As autoridades tiveram conhecimnto do caso, após reeber por meio de uma notícia-crime apresentada ao Ministério Público Federal (MPF) por um cidadão russo-brasileiro, que denunciou a postagem do ex-presidente, na qual acusava Lula de envolvimento nos crimes. O caso foi então encaminhado ao Ministério da Justiça. A postagem teria sido feita em 15 de janeiro deste ano, porém, já não está disponível nos canais de Bolsonaro.
O inquérito é baseado em suspeitas de crimes contra a honra do presidente da República e de disseminação de notícias falsas. As investigações analisam o alcance da postagem e o contexto em que foi publicada.