O envio de navios de guerra e mais de 4 mil fuzileiros navais dos Estados Unidos para águas próximas à Venezuela acendeu um alerta no Brasil. Especialistas avaliam que, embora uma ofensiva militar em grande escala contra o governo de Nicolás Maduro seja improvável, ações pontuais das forças americanas não estão descartadas e podem desestabilizar a segurança regional.
Segundo analistas, Washington poderia ainda usar seu poderio naval para impor restrições à navegação na região, afetando rotas estratégicas para a economia brasileira em meio à crise política e diplomática entre EUA e Venezuela.
A movimentação militar também levanta preocupações humanitárias, como um possível aumento no fluxo de migrantes venezuelanos para Roraima, estado que faz fronteira com o país vizinho. As Forças Armadas brasileiras acompanham a aproximação dos navios e avaliam os impactos no território nacional, mas até o momento não há previsão de reforço de tropas na fronteira, informou um oficial da Marinha sob reserva.
O temor de uma intervenção ganhou força após uma diretriz recente do governo americano determinando que suas forças combatam cartéis de drogas estrangeiros. Na sequência, uma frota partiu de Norfolk, na Virgínia, rumo ao Caribe e à América Latina, intensificando o alerta nos países da região.