A Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara do Rio realizou nesta quinta-feira (04/09) uma audiência pública para debater a situação das calçadas da cidade. De acordo com levantamento do Portal 1746, entre julho de 2023 e julho de 2025 foram feitas 29.490 reclamações, envolvendo buracos, pedras portuguesas soltas, raízes de árvores e até falta de pavimentação.
O encontro, presidido pelo vereador Pedro Duarte (Novo), discutiu a criação do Estatuto da Calçada Carioca e a revisão das mais de 20 normas que tratam do tema. Especialistas criticaram o uso das pedras portuguesas, consideradas inseguras e pouco acessíveis, e sugeriram alternativas como blocos intercalados. Também foi debatido a importância de incluir as favelas na discussão, já que 30% da população carioca vive nessas áreas.
A lei que autorizou mesas e cadeiras nas calçadas durante a pandemia, foi questionadas. Para representantes da sociedade civil, a medida agravou os problemas de mobilidade, principalmente para idosos e pessoas com deficiência.
Entre as propostas apresentadas estão a adoção do Manual das Calçadas, elaborado pela Firjan e já utilizado em outros municípios, e a possibilidade de incluir as calçadas no programa Adota Rio, que permite parcerias com a iniciativa privada para conservação de espaços públicos.
A comissão encerrou com a divulgação do resultado do concurso “Pior Calçada do Rio”. A Rua Mário Piragibe, em Lins de Vasconcelos, foi eleita a pior do município. Em segundo lugar ficou a Rua Guiraréia, na Estrada do Barro Vermelho, e em terceiro a Rua Cosme Velho.
