Em entrevista exclusiva ao RTI Esporte Cast, Jackson Vasconcelos voltou a falar sobre a saída de Pedro Antônio, ex-vice de projetos especiais do Fluminense. Para o dirigente, a exoneração do responsável pelo projeto de estádio próprio tricolor aconteceu por “ciúme” dentro da gestão.
Na época, Pedro Antônio negou ter sido o responsável pelo vazamento da ideia de construção de uma arena no Parque Olímpico, afirmando ter trabalhado em segredo por dois anos. Ainda assim, acabou afastado pelo então presidente Pedro Abad. A justificativa oficial foi de quebra de conduta e exposição prematura de um projeto estratégico, mas Jackson interpreta como uma disputa interna de poder.
Até hoje o episódio repercute, já que o Fluminense segue sem estádio e não mostra um plano concreto para ter casa própria. Enquanto rivais estruturam arenas modernas, o clube ainda vive à sombra do Maracanã e da disputa com o Flamengo pela gestão do estádio. Para Vasconcelos, esse é um ponto central no futuro do tricolor: “quem deveria construir o estádio do Fluminense foi exonerado, e o tema ficou para trás”, destacou.
A discussão sobre estádio se conecta também ao debate sobre SAF. Jackson já declarou que a proposta de transformar o Fluminense em Sociedade Anônima do Futebol “prejudica o clube”, justamente por não dar garantias de investimento em patrimônio. Para ele, os exemplos de Vasco e Botafogo mostram que os clubes se tornam dependentes da exploração comercial e não de um projeto sólido de crescimento.
Qual futuro do Fluminense?
Sem SAF aprovada e sem estádio, o Fluminense permanece em um impasse estratégico. O torcedor, por sua vez, ainda aguarda uma definição que garanta um futuro mais estável, dentro e fora de campo. Um estádio próprio, além de fortalecer a identidade tricolor, poderia gerar novas receitas, reduzindo a dependência dos acordos políticos que hoje limitam o clube.
*Reportagem: Patrícia Gonçalves/ Agência RTI Esporte