Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Bope fez preparação em outras comunidades antes da megaoperação no Alemão e na Penha
Rio de Janeiro
Bope fez preparação em outras comunidades antes da megaoperação no Alemão e na Penha
Governadores Castro, Tarcísio e Caiado recebem aval de Moraes para visitar Bolsonaro
Política
Governadores Castro, Tarcísio e Caiado recebem aval de Moraes para visitar Bolsonaro
União Europeia formaliza doação para Fundo Amazônia
Mundo
União Europeia formaliza doação para Fundo Amazônia
Operação Contenção de combate ao Comando Vermelho chega na Baixada
Estado
Operação Contenção de combate ao Comando Vermelho chega na Baixada
Governo espera fechar em breve solução provisória para reverter tarifaço imposto pelos EUA
Brasil
Governo espera fechar em breve solução provisória para reverter tarifaço imposto pelos EUA
STF conclui hoje julgamento dos recursos de Bolsonaro e mais seis réus
Destaque
STF conclui hoje julgamento dos recursos de Bolsonaro e mais seis réus
Polícia do RJ prepara plano para retomar áreas dominadas pelo Comando Vermelho
Rio de Janeiro
Polícia do RJ prepara plano para retomar áreas dominadas pelo Comando Vermelho

MPF contesta gratificação por letalidade policial aprovada na Alerj

De acordo com a Procuradoria, a gratificação aprovada pela Alerj viola direitos humanos

Siga-nos no

Foto: Divulgação PMERJ

O Ministério Público Federal (MPF) enviou, nesta quarta-feira (24), um ofício ao governador Cláudio Castro questionando a constitucionalidade do projeto aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que prevê gratificações para policiais civis envolvidos na “neutralização” de criminosos em confrontos armados.

O projeto, votado na terça-feira (23), retoma a chamada “gratificação faroeste” — prática já adotada entre 1995 e 1998 — que estabelece bônus de 10% a 150% sobre o salário, inclusive em casos de apreensão de armas de grosso calibre.

No documento, assinado pelo procurador Júlio José Araújo Júnior, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), o MPF aponta três irregularidades principais:

  • Vício de iniciativa, já que a proposta deveria partir do Executivo, e não do Legislativo;

  • Descumprimento de decisões do STF, contrariando determinações da ADPF 635, que trata da letalidade policial no estado;

  • Violação ao direito à segurança pública, por incentivar ações letais sem comprovação de que isso traga benefícios reais à população.

O procurador afirma que o projeto promove “o incremento da letalidade policial”, o que contraria o compromisso assumido pelo próprio Estado do Rio de reduzir esse tipo de ocorrência. O MPF também reforça que o uso da força como estratégia de segurança não possui base em evidências e pode resultar em mais violência.

Além de inconstitucional, o parecer alerta que a medida pode gerar novas responsabilizações internacionais ao Brasil por violações de direitos humanos, caso seja sancionada.

O projeto ainda depende da sanção do governador e de regulamentação pela Secretaria da Polícia Civil para entrar em vigor. Organizações de direitos humanos e a ONU já manifestaram preocupação com políticas que incentivem a violência como instrumento de segurança pública.

O MPF reforça que a segurança deve ser construída com base em dados, transparência e respeito aos direitos fundamentais.