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Ministro da Saúde orienta população a não ingerir destilados sem saber origem da bebida

Ministério instalou ‘sala de situação’ para monitorar casos crescentes de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica.

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Reprodução

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a recomendação de que a população deve evitar o consumo de bebidas destiladas se não souber a origem da fabricação. A recomendação ocorre após casos de adulteração com metanol.

“Recomendo na condição de ministro da Saúde, mas também como médico: evite, neste momento, ingerir um produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tem a absoluta certeza da origem dele. Não estou falando de um produto essencial para a vida das pessoas, um produto da cesta básica. É um produto que é objeto de lazer. Não faz problema nenhum na vida de ninguém evitar o consumo desses destilados”, afirmou.

Padilha listou três orientações gerais para a população diante do risco de adulteração com metanol:

  • Certeza da procedência da bebida: “Você ter certeza de onde vem, você não aceitar bebida que um amigo te passa na festa, de um lugar que você não conhece a bebida. Você não sabe o que pode ter ali dentro”;
  • Alimentação e hidratação: “Mesmo num caso extremo como esse, de intoxicação por produto tão nocivo à saúde como o metanol, se você estiver bem alimentado e bem hidratado, pode reduzir os impactos daquilo que você está ingerindo. Não estou falando que se estiver alimentado e hidratado está liberado para tomar o etanol. Não, nunca, mas pode reduzir o risco”; “Se beber, não pode dirigir em hipótese nenhuma”.
    Segundo Padilha, a técnica usada por criminosos para adulterar destilados é mais difícil de ser aplicada em cervejas. “Estamos diante de um crime de produtos destilados, incolores, onde se tem técnicas de adulteração desse produto que você não tem no caso de cerveja, que é uma bebida que tem a tampa, tem gás, é muito mais difícil de adulterar”, apontou.

O Ministério da Saúde anunciou que subiu para 59 o número de notificações de intoxicação por metanol no Brasil, entre suspeitos e confirmados em São Paulo e  Pernambuco. Padilha informou que 11 notificações já têm a detecção laboratorial da presença do metanol.

Compra emergencial de etanol farmacêutico

O ministro afirmou também que foi estabelecido um estoque de etanol farmacêutico nos hospitais universitários federais e a compra de 4.300 ampolas para que elas estejam disponíveis para qualquer centro de referência ou unidade de saúde que não tenha.

O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.

O etanol farmacêutico age como antídoto, pois impede que o metanol seja convertido em ácido fórmico, uma substância ainda mais perigosa.

O ministro também afirmou que está sendo feita uma orientação para os gestores municipais e estaduais de como acessar o etanol farmacêutico. Além disso, disse que a Anvisa mapeou no Brasil 604 farmácias que já produzem etanol farmacêutico.

Sala de situação

O ministro também enfatizou sobre a instalação, em Brasília, uma “sala de situação” para monitorar os casos crescentes de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica e coordenar as medidas a serem adotadas.

O Ministério da Saúde afirma que a equipe técnica da sala de situação será composta por representantes dos ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Agricultura e Pecuária, pelos conselhos Nacional de Saúde (CNS), Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Anvisa e as secretarias de Saúde de São Paulo e Pernambuco.