Antes de tudo, Ademar Arrais responde a processo movido pelo presidente do Fluminense, Mário Bittencourt. Em entrevista exclusiva à Agência RTI Esporte, o advogado reforçou as críticas à atual gestão do clube. Segundo ele, a ação judicial é uma forma de intimidar a oposição, mas será usada como oportunidade para cobrar explicações públicas do mandatário tricolor.
“O Mário está tentando, com isso, dar satisfações em juízo quando, na verdade, ele tem que dar satisfações a todos os torcedores e associados. Ele é uma figura pública, está há seis anos e meio como presidente em regime full time e acumulando funções. Nada mais justo do que esclarecer sua vida no clube”, afirmou.
Arrais apontou a ligação direta da trajetória profissional de Bittencourt ao Fluminense. “Antes de ser presidente, ele foi vice-presidente, remunerado em desacordo com o estatuto. Antes, advogado do clube e, antes ainda, estagiário. Toda a vida financeira e profissional dele está vinculada ao Fluminense ou indiretamente ao Fluminense através do futebol”, disse.
Indenização por danos morais
O advogado também comentou sobre o pedido de indenização por danos morais. “O outro objeto da ação. Nós temos três razões que ele ficou, se sentiu ofendido, pedindo dano moral. Na verdade, esse pedido de dano moral dele é uma tentativa de enriquecimento ilícito, porque não houve dano moral nenhum. O que houve, na realidade, foi um questionamento em relação aos rendimentos dele, porque se ele fica 24 horas no Fluminense, ele ganha dinheiro como?”, questionou.
Ademais, Ademar Arrais ser preciso esclarecer como é que Mário obtém recursos se não trabalha fora do clube. “Isso durante 10 anos. Não bastasse isso, ele diz que na ação que também se sentiu ofendido. Isto porque eu disse que ele atendia mais os interesses dos empresários do que os interesses do Fluminense, e isso é uma realidade”, asseverou.
Arrais questiona compra de jogadores?
Arrais acusou Mário de privilegiar interesses externos em negociações. “Quando vende o Arias e compra o Soteldo sem exame médico, atende empresários. Quando vende Kauã Elias e contrata Everaldo, também. Na renovação de Guga por R$ 500 mil mensais, não atendeu ao clube. São inúmeras irresponsabilidades no futebol e em outras áreas”, criticou.
O opositor ainda reiterou acusações de nepotismo. “O presidente do conselho deliberativo teve o filho contratado por Mário, o que é conflito de interesses, já que julga as contas da gestão. Além disso, vice-presidentes e aliados têm familiares empregados. O Fluminense virou cabide de emprego”, disparou.
Candidato à presidência do clube, Ademar Arrais declarou que sua chapa busca “acabar com essa pouca vergonha”. “O Fluminense tem pressa e, sobretudo, de se livrar de Mário Bittencourt. Chega de Mário Bittencourt”, afirmou.
Por fim, sobre os próximos passos da ação, o advogado disse que continuará com os questionamentos nas redes sociais. “Vamos apresentar vídeos e cobrar explicações. É nossa obrigação defender os interesses do Fluminense. Queremos um clube profissionalizado, próximo do torcedor, e vamos vencer as eleições de novembro”, concluiu.