Antes de tudo, os últimos jogos do Flamengo no Campeonato Brasileiro têm escancarado um problema grave: a queda acentuada no tempo de bola rolando. Na partida contra o Cruzeiro, na última quinta-feira (2), no Maracanã, o primeiro tempo registrou o menor índice de tempo efetivo de jogo da temporada. Foi o que revelou o levantamento interno do clube.
As quatro partidas mais recentes: diante de Juventude, Cruzeiro, Corinthians e Vasco, estão entre as seis piores do campeonato nesse quesito. O padrão é evidente: árbitros marcando faltas em qualquer contato, impondo rigidez exagerada nas reposições e permitindo paralisações seguidas, além de revisões longas no VAR. O resultado é um jogo arrastado, com pouco dinamismo e muita interrupção.
Flamengo é prejudicado com jogo picotado pela arbitragem?
A recomendação internacional é que as partidas tenham pelo menos 60 minutos de bola em jogo, mas o Flamengo tem ficado muito abaixo dessa marca. Nos números e, na prática, o ritmo caiu, os jogos ficaram truncados e o futebol perdeu fluidez.
Esse cenário não se resume a estatísticas. Cada paralisação excessiva tira o ritmo das equipes que prezam pela posse de bola e pela construção técnica, caso do Flamengo, e afeta diretamente o espetáculo. O torcedor, que paga ingresso para ver futebol, acaba assistindo a longas pausas e pouca ação.
Finalmente, mais do que um dado curioso, o problema acende um alerta sobre o padrão de arbitragem no Brasileirão. Em um momento decisivo da temporada, o futebol brasileiro precisa garantir mais tempo de jogo e menos interrupção, valorizando o espetáculo e respeitando o torcedor.
*Reportagem: André Luiz Costa/ Agência RTI Esporte