O Governo do Estado do Rio de Janeiro realiza a maior restauração do Parque Lage em mais de um século. O investimento de R$ 21,4 milhões, conduzido pela Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (SEIOP), busca modernizar o palacete histórico sem comprometer suas características originais. O projeto abrange melhorias estruturais, acessibilidade, climatização, iluminação e sistemas elétricos e hidráulicos, além da prevenção de incêndios.
As equipes de restauração utilizam bisturis, espátulas e solventes em gel para resgatar camadas históricas escondidas sob décadas de tinta. Segundo a restauradora Alice Torres, o trabalho é detalhista e visa preservar as pinturas decorativas originais. O secretário Uruan Andrade destaca o desafio técnico e afirma que a obra deve ser concluída até julho de 2026, devolvendo à cidade um patrimônio totalmente revitalizado.
Na parte externa, os restauradores aplicam técnicas de limpeza cuidadosa das pedras e estruturas de concreto. De acordo com o restaurador Leandro da Silva, o objetivo é manter a integridade do material e o valor simbólico do monumento. Escovas e processos de higienização a seco e com água são utilizados para garantir a preservação dos detalhes da fachada.
Tombado pelo Iphan, o Parque Lage é o segundo ponto turístico mais visitado do Rio, com cerca de 1,3 milhão de visitantes por ano. Além de sua relevância arquitetônica, o local guarda parte da história política e cultural do país. A expectativa é que a obra fortaleça o turismo e reafirme o Parque Lage como um ícone da identidade carioca.