A Receita Federal realiza nesta quinta-feira (16/10) a Operação Alquimia, uma ação nacional para coletar amostras e rastrear a origem do metanol utilizado em bebidas falsificadas que causaram casos de intoxicação em diferentes estados.
A operação ocorre em 24 empresas dos setores sucroalcooleiro, químico e de distribuição, localizadas em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O objetivo é analisar a composição química do produto e identificar possíveis desvios na cadeia de produção e comercialização da substância.
Segundo a Receita, as empresas foram selecionadas com base no potencial de envolvimento na cadeia do metanol, desde a importação até a destinação final. Entre os alvos estão importadores, terminais marítimos, destilarias e usinas, que podem ter revendido ou desviado o produto de forma irregular.
A ação é realizada em parceria com a Polícia Federal, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Ministério da Agricultura e Pecuária. As autoridades investigam a possibilidade de uso ilegal do metanol industrial em bebidas adulteradas — um crime que representa grave risco à saúde pública.
De acordo com as investigações, há indícios de que algumas empresas químicas desviaram o metanol da cadeia produtiva regular, fornecendo o produto para fins ilícitos. Os resultados laboratoriais devem ajudar a identificar a origem das substâncias usadas nas bebidas falsificadas e reforçar o combate à adulteração de produtos no país.