Dois meses após perder o bebê durante a gestação, o casal Gabriel do Nascimento e Jheneffer Morais ainda tenta encontrar respostas sobre o destino do corpo. O filho, que teria morrido no ventre de Jheneffer no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, foi enterrado como indigente, e agora os pais pedem na Justiça a exumação para realizar um exame de DNA que confirme se os restos mortais são realmente do bebê.
O advogado da família, Eduardo Cavalcanti, explicou que o processo judicial já está em andamento e inclui também um pedido de indenização por danos morais contra o hospital e a agência funerária. “Não há certeza de que o corpo sepultado seja o do filho do casal. A confirmação só virá com a análise genética após a exumação”, afirmou.
Jheneffer, de 21 anos, foi internada no fim de agosto com fortes dores e sofreu um aborto espontâneo no sexto mês de gravidez. Segundo o laudo médico, a causa foi anóxia intrauterina, quando há falta de oxigênio para o feto. Após a alta, os pais foram informados que o bebê seria destinado a sepultamento social, prática comum em casos em que a família não pode arcar com custos funerários.
No dia do enterro, porém, o corpo havia desaparecido. O hospital e a funerária se eximiram de responsabilidade, e o caso foi encerrado pela polícia após constar que o bebê teria sido enterrado no Cemitério São Francisco Xavier. Sem provas concretas, Gabriel e Jheneffer esperam que a Justiça traga a confirmação que falta para, enfim, se despedirem do filho com tranquilidade.