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Polícia prende sete em operação contra roubo de cargas na comunidade Para Pedro

Grupo especializado agia contra carretas no entorno da Ceasa, em Irajá.

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A Polícia Civil prendeu sete criminosos e recuperou uma carga de laticínios durante a Operação Torniquete, deflagrada nesta sexta-feira (24) na comunidade Para Pedro, em Irajá, Zona Norte do Rio. A ação, conduzida pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), mira um braço do Terceiro Comando Puro (TCP) especializado em ataques a caminhões e carretas no entorno da Ceasa-RJ.

De acordo com as investigações, o grupo era composto por oito integrantes — entre eles Thiago Amaral Honorato, de 23 anos, responsável por rendir e ameaçar motoristas armados. Ele usava bloqueadores de sinal, conhecidos como “capetinhas”, para impedir rastreamento e conduzir as vítimas até as comunidades Para Pedro e Amarelinho, em Acari, também dominada pelo TCP.

Durante as buscas, os agentes localizaram um depósito clandestino com carga de leite condensado roubada na noite da última segunda-feira (20). Foram apreendidos ainda bloqueadores de sinal e radiotransmissores, encaminhados à Cidade da Polícia.

Segundo o delegado titular da DRFC, Fábio Asty, os criminosos revendiam alimentos e bebidas roubados a mercados clandestinos e comércios dentro das comunidades, o que dificulta a fiscalização. Ele explicou que o dinheiro obtido com os roubos era usado para financiar a compra de armas e drogas e para manter a chamada “caixinha” da facção.

As investigações apontam que a comunidade Para Pedro funciona como base logística para descarga e armazenamento das mercadorias. Mesmo preso, Anderson da Silva Verdan, o Bamba, continua sendo apontado como liderança local que autoriza os crimes.

De acordo com Asty, o grupo atuava com alto grau de organização e violência, muitas vezes aliciando caminhoneiros para participar do esquema. Os motoristas que recusavam o acordo eram ameaçados e forçados a entregar os veículos. Após o descarregamento nas comunidades, os caminhões eram devolvidos às vítimas.

“Essas quadrilhas contam com informações privilegiadas sobre o tipo de carga e o valor transportado. Muitas vezes há acordo entre os criminosos e transportadores, mas em outros casos há coação e ameaça de morte”, afirmou o delegado.

A Polícia Civil destacou que, nos últimos três meses, houve queda de 50% nos roubos de carga no estado em comparação com o mesmo período de 2024. Outubro de 2025 registrou o menor número de casos desde 2019, reflexo das operações integradas de repressão ao crime.