As contas externas do Brasil fecharam setembro com saldo negativo de US$ 9,774 bilhões, informou o Banco Central. O déficit nas transações correntes, que incluem comércio de bens e serviços e transferências de renda, aumentou em relação a setembro de 2024, quando o resultado negativo foi de US$ 7,383 bilhões.
O recuo de US$ 2,2 bilhões no superávit comercial e o aumento de US$ 946 milhões no déficit de renda primária foram os principais fatores para a piora. Em contrapartida, houve redução no déficit de serviços e leve crescimento no superávit de renda secundária, ajudando a equilibrar parcialmente as contas externas.
As exportações somaram US$ 30,686 bilhões em setembro, com aumento de 7% frente ao ano passado, enquanto as importações bateram recorde de US$ 28,362 bilhões. O déficit em serviços chegou a US$ 4,904 bilhões, com destaque para aumento nas despesas com propriedade intelectual e estabilidade nos gastos com viagens internacionais.
O déficit externo foi financiado principalmente pelos investimentos diretos no país, que somaram US$ 10,671 bilhões em setembro. Esses recursos de longo prazo mantêm o saldo negativo sustentável, enquanto o estoque de reservas internacionais alcançou US$ 356,582 bilhões, reforçando a capacidade do país de honrar compromissos externos.






