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Ministério dos Direitos Humanos atua no Rio após megaoperação que deixou mais de 100 mortos

Iniciativa inclui parceria com Defensoria Pública, Ouvidoria Nacional e organizações comunitárias.

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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) enviou nesta quarta-feira (29) equipes ao Rio de Janeiro para prestar atendimento humanitário às famílias afetadas pela megaoperação policial que deixou mais de 100 mortos nos complexos da Maré e do Alemão. A ação, conduzida pelas polícias Civil e Militar na terça-feira (28), foi a mais letal da história do estado e gerou uma série de críticas nacionais e internacionais.

As equipes da pasta, comandada pela ministra Macaé Evaristo, foram destacadas para ouvir familiares das vítimas, oferecer acolhimento emergencial, apoio psicossocial e assistência jurídica. Segundo o ministério, a prioridade é garantir atendimento digno e articulado às pessoas atingidas direta ou indiretamente pelos confrontos.

Apoio a famílias e comunidades

O MDHC informou que, além da escuta e do suporte emocional, serão oferecidos serviços de transporte, assistência social e encaminhamento a programas de acesso à Justiça. As ações acontecem em parceria com a Defensoria Pública da União, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e entidades locais que atuam em comunidades do Rio.

Fontes do ministério afirmam que Macaé Evaristo pretende ir pessoalmente ao estado, mas aguarda autorização do Palácio do Planalto. A visita é considerada estratégica para acompanhar in loco a situação das famílias e o impacto das ações das forças de segurança.

A operação e a repercussão nacional

A megaoperação que motivou a resposta federal mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e teve como alvo os complexos da Maré e do Alemão, na Zona Norte do Rio. O balanço oficial aponta 64 mortos, entre eles quatro policiais. O número total, incluindo corpos encontrados por moradores nas horas seguintes, ultrapassa cem vítimas, o que coloca a ação entre as mais letais em contextos urbanos recentes.

O episódio acentuou a crise política entre o governo estadual, comandado por Cláudio Castro (PL), e o governo federal, que trocam declarações sobre falta de coordenação e comunicação prévia entre as forças.

Investigação e acolhimento

O envio das equipes ocorre sob pressão de organizações de direitos humanos por investigações independentes e transparentes. O ministério considera essencial dar voz às famílias das vítimas e garantir acompanhamento jurídico e social durante as apurações.

De acordo com interlocutores, o MDHC também monitora denúncias de violações de direitos, como remoções forçadas e uso excessivo da força durante a operação.

O governo federal estuda a criação de um grupo interministerial para acompanhar a crise no Rio e reforçar as ações emergenciais nas regiões mais afetadas pela violência.