Cerca de 546 mil pessoas morrem por ano no mundo devido ao calor. Em 2024, outros 154 mil foram vítimas da fumaça de incêndios florestais. O alerta é do relatório Contagem regressiva em saúde e mudanças climáticas, publicado pela Lancet em parceria com a OMS.
O estudo destaca que 2024 foi o ano mais quente da história, com 12 de 20 indicadores de risco à saúde atingindo níveis recordes. Entre 2020 e 2024, em média 19 dias por ano tiveram ondas de calor, sendo 16 atribuíveis ao aquecimento global.
No Brasil, entre 2020 e 2024, ocorreram 7,7 mil mortes anuais associadas à fumaça de queimadas. Além disso, 3,6 mil mortes por ano, no período de 2012 a 2021, foram ligadas ao calor. O país enfrentou em média 15,6 dias de ondas de calor por ano.
Na América Latina, a temperatura média vem subindo desde os anos 2000, chegando a 24,3 °C em 2024. As mortes relacionadas ao calor atingem 13 mil por ano. O relatório alerta que adaptação e redução de emissões são essenciais para proteger vidas e enfrentar desigualdades.






