A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30/10), a Operação Olho de Hórus XII com o objetivo de combater o armazenamento e o compartilhamento de material de abuso sexual infantil na internet. A ação foi conduzida pela Delegacia da PF em Nova Iguaçu (DPF/NIG) e cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Durante a operação, foram apreendidos um computador e um celular, que serão submetidos à perícia técnica criminal. As investigações começaram em 2021, após a prisão em flagrante de um dos envolvidos em uma operação da Superintendência da PF no Rio Grande do Sul. A análise do material apreendido revelou que os suspeitos, de 32 e 41 anos, participavam de um grupo de mensagens onde eram trocados arquivos de violência sexual infantojuvenil.
Um dos investigados foi conduzido à Delegacia da PF em Nova Iguaçu para prestar depoimento, enquanto o outro segue foragido. Eles responderão pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual de crianças e adolescentes, previstos no artigo 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O nome da operação faz referência ao Olho de Hórus, símbolo egípcio associado à proteção e vigilância, também conhecido como “o olho que tudo vê” — alusão à capacidade de monitorar e identificar crimes cometidos no ambiente digital.
A Polícia Federal aproveitou a operação para reforçar o alerta aos pais e responsáveis sobre a necessidade de monitorar o uso da internet por crianças e adolescentes. A corporação destaca que orientar sobre os riscos do ambiente virtual, acompanhar atividades online e observar mudanças de comportamento podem ser medidas decisivas para prevenir abusos e identificar situações de risco.
Segundo a PF, a informação e o diálogo aberto continuam sendo as principais ferramentas de proteção, capazes de salvar vidas e reduzir a vulnerabilidade de menores diante de criminosos que atuam na internet.






