Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Garçom é preso na Ilha Grande por estupro e violência doméstica
Costa Verde
Garçom é preso na Ilha Grande por estupro e violência doméstica
Homem é preso por cobrar ‘Imposto do Tráfico’ de açougueiro no Amazonas
Brasil
Homem é preso por cobrar ‘Imposto do Tráfico’ de açougueiro no Amazonas
Quaest: Desaprovação ao governo Lula no Rio sobe para 64% após megaoperação
Política
Quaest: Desaprovação ao governo Lula no Rio sobe para 64% após megaoperação
Megaoperação policial altera rotina de quase 5 milhões no Rio
Rio de Janeiro
Megaoperação policial altera rotina de quase 5 milhões no Rio
Dia dos Finados tem missas, balões e homenagens em cemitérios do Rio
Rio de Janeiro
Dia dos Finados tem missas, balões e homenagens em cemitérios do Rio
Mercado da Bola: Kauã Prates do Cruzeiro fica perto de time alemão
Esportes
Mercado da Bola: Kauã Prates do Cruzeiro fica perto de time alemão
Idoso morre após falha técnica em voo da Gol
Brasil
Idoso morre após falha técnica em voo da Gol

Redes sociais responsabilizam Cláudio Castro por crise de segurança no Rio, aponta AP Exata

Levantamento analisou 62 mil publicações no Instagram e no X entre terça e quarta-feira.

Siga-nos no

Um levantamento do Instituto AP Exata revela que a maioria dos usuários de redes sociais responsabiliza o governador Cláudio Castro (PL) pela atual crise de segurança pública no Rio de Janeiro. A pesquisa também aponta desaprovação majoritária à megaoperação policial que deixou mais de 100 mortos nas comunidades do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28).

De acordo com o estudo, 63,4% dos internautas apontam Castro como o principal responsável, enquanto 29,7% culpam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 6,9% atribuem a crise a outros atores, como o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em relação à megaoperação, 53,2% desaprovam a ação e 46,8% a aprovam. A análise considerou 62 mil publicações feitas entre 9h de terça e 10h de quarta-feira (29), nas plataformas Instagram e X (antigo Twitter).

O CEO da AP Exata, Sergio Denicoli, explica que o público tende a associar a responsabilidade da segurança aos governos estaduais. “As pessoas entendem que a segurança pública é mais uma atribuição dos estados, que controlam as polícias, do que do governo federal. Por isso, o discurso de responsabilização de Lula não encontra grande adesão”, afirmou.

O estudo também identificou que 45,8% das publicações descrevem a operação como uma “chacina de Estado”, baseada em uma política de extermínio contra negros e moradores de favelas. No polo oposto, 41,2% defendem uma política de “tolerância zero”, argumentando que o Rio vive um “estado de guerra”. Outras 6,7% classificam a ação como um “espetáculo sem resultados”, e 6,3% discutem os impactos no cotidiano da cidade.

Denicoli observa que o governo federal conseguiu dominar parte do debate ao unir duas narrativas complementares: a crítica da militância à violência policial e a defesa, por ministros, de ações baseadas em inteligência e investigação.

O monitoramento também mostra mudança no foco das publicações ao longo do dia: inicialmente centrado no anúncio da operação e nas imagens dos confrontos — como o uso de drones por traficantes —, o debate passou a se concentrar no número crescente de mortos, especialmente após moradores da Penha levarem 72 corpos à Praça São Lucas.

Até esta quarta-feira (29), o governo estadual confirmava 119 mortos, enquanto a Defensoria Pública do Rio estima ao menos 132 vítimas — números que alimentam a polarização e ampliam o questionamento público sobre a condução da política de segurança no estado.