A megaoperação policial que deixou mais de 130 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, gerou forte repercussão em todo o país. Em Minas Gerais, movimentos populares organizam protestos simultâneos nesta sexta-feira (31), em solidariedade às famílias das vítimas e em denúncia à política de violência nas favelas.
Em Belo Horizonte, o ato acontece às 17h, na Praça Sete, no centro da capital. O protesto afirma que o massacre não é um episódio isolado, mas resultado de uma política de Estado voltada à repressão nas periferias. O Movimento Negro da UFMG é um dos organizadores e, em nota, afirmou: “Enquanto o governo empilha corpos, nós empilhamos coragem. É hora de ocupar as ruas e dizer: chacina não é política de segurança.”
Em Juiz de Fora, movimentos sociais, sindicatos e partidos realizam ato às 17h, na Rua Halfeld, no centro da cidade. Os grupos repudiam a violência policial e criticam a falta histórica de políticas públicas nos territórios periféricos. Já em Ribeirão das Neves, o protesto será às 17h30, na Praça de Justinópolis, com o lema “Nossas vidas importam!”. O movimento denuncia o massacre como expressão de uma política racista e militarizada que transforma as favelas em campos de guerra.
As manifestações em Minas Gerais integram uma mobilização nacional que ocorre em diversas capitais brasileiras. Os organizadores exigem o fim das operações policiais nas favelas, a responsabilização do governador Cláudio Castro e a desmilitarização das forças de segurança, em defesa da vida da população negra e periférica.
				





