Entidades e representantes da comunidade LGBTQIA+ comemoraram a decisão da UFRJ de aprovar a criação de cotas para pessoas trans, travestis e não binárias. A nova política afirmativa, aprovada nesta quinta-feira (30), reserva 2% das vagas em cursos de graduação e pós-graduação, marcando um avanço histórico na luta por inclusão e equidade no ensino superior público.
O reitor Roberto Medronho destacou que a medida reafirma o compromisso da universidade com a transformação social e a defesa dos direitos humanos, além de reparar desigualdades históricas. Para ele, a inclusão das pessoas trans nas políticas de acesso garante que a instituição reflita a pluralidade da sociedade e fortaleça sua missão de promover justiça e diversidade.
A deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira mulher trans eleita para a Alerj, celebrou o avanço, lembrando os desafios enfrentados por estudantes trans ao longo da história. Representantes do Coletivo Trans da UFRJ e entidades como o Fórum Estadual de Travestis e Transexuais do Rio e a CasaNem também definiram a conquista como uma “vitória histórica”, fruto da luta coletiva por reconhecimento e igualdade.
A representante Liège Nonvieri ressaltou, porém, que o desafio vai além do acesso, pedindo políticas de permanência, moradia e segurança para garantir que os alunos possam concluir os estudos. A UFRJ se une agora à UFF e à UFRRJ, que já haviam implementado cotas semelhantes, ampliando a presença de pessoas trans nas universidades públicas fluminenses.
				





