A Unimed Ferj enfrenta uma crise financeira que afeta a rede de cooperativas médicas do estado do Rio. Usuários relatam serviços não aceitos, cancelamento de procedimentos, dificuldade para marcar consultas e exames, além de problemas com reembolsos. A situação provoca insatisfação generalizada entre clientes que dependem do plano para atendimento médico.
Patrícia dos Santos Rodrigues, de Nova Iguaçu, conta que a filha Antonella, de 4 anos, tem rabdomiossarcoma e enfrenta atrasos no tratamento. Após longos meses sem respostas do plano, Patrícia entrou com ação judicial com pedido de liminar para garantir procedimentos médicos essenciais. Ela também organiza rifas solidárias para custear atendimentos no setor privado.
Em Niterói, Rosângela Ferreira, de 65 anos, denuncia a falta de hospitais credenciados em sua região. Pacientes precisam se deslocar para unidades distantes, sobrecarregadas e com atendimento restrito, evidenciando problemas estruturais da Unimed Ferj em atender beneficiários do Leste Fluminense.
A Unimed Ferj afirma que tem readequado a rede credenciada, ampliado sua rede própria e implantado um novo sistema de reembolso desde abril de 2024. A empresa também negocia débitos herdados da gestão anterior e respondeu às solicitações da ANS, enquanto os beneficiários enfrentam dificuldades e aguardam soluções concretas.
Especialistas criticam a gestão da operadora e órgãos fiscalizadores. Alessandro Toledo, da Anab, aponta falhas administrativas e omissão de órgãos públicos, afirmando que a transferência de clientes da Unimed-Rio para a Unimed Ferj agravou a situação. Médicos ligados à cooperativa relatam atrasos de pagamentos e falta de transparência, evidenciando impactos também para profissionais de saúde.






