O velório do cantor e compositor Lô Borges será realizado nesta terça-feira, 4 de novembro, no Foyer do Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. A cerimônia, marcada para ocorrer das 9h às 15h, será aberta ao público. Em seguida, o enterro do músico acontecerá em local não divulgado, restrito apenas a familiares e amigos próximos.
Lô Borges morreu na noite de domingo (2), aos 73 anos, após complicações decorrentes de um quadro de intoxicação medicamentosa. O artista estava internado desde 18 de outubro no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, onde passou por uma traqueostomia e vinha respirando com auxílio de ventilação mecânica.
Nascido na capital mineira, Lô Borges foi um dos nomes centrais do movimento Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Fernando Brant e seu irmão, Márcio Borges. Sua obra marcou a história da MPB ao unir influências do rock, do jazz e de sonoridades latino-americanas à poesia e às paisagens de Minas Gerais.
Entre suas composições mais conhecidas estão “Paisagem da Janela”, “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, “Feira Moderna” e “O Trem Azul”. Lô lançou mais de 20 discos, incluindo o emblemático “disco do tênis”, de 1972, e parcerias com nomes como Nando Reis e Samuel Rosa. Sua música ultrapassou gerações e consolidou sua posição como um dos compositores mais criativos do país.
Mesmo aos 73 anos, Lô Borges manteve o ofício de compositor e intérprete ativo. Seu último trabalho, “Céu de Giz”, lançado em agosto deste ano, trouxe canções inéditas em parceria com Zeca Baleiro. Em nota publicada nas redes sociais, Milton Nascimento lamentou a perda do amigo e afirmou que o Brasil se despede de um dos artistas mais inventivos e singulares de sua história.






