A Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro autorizou nesta terça-feira (4) a transferência de sete traficantes ligados ao Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima. A decisão foi tomada após parecer favorável do Ministério Público e ocorre na esteira da operação mais letal da história do estado, com 121 mortos.
Entre os detentos estão nomes apontados como lideranças em diferentes regiões do Rio: Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha; Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho; Alexander de Jesus Carlos, o Choque; Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor; Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho; Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça; e Eliezer Miranda Joaquim, o Criam. Todos são considerados integrantes da cúpula da facção.
Outros dois suspeitos, Leonardo Farinazzo Pampuri, o Léo Barrão, e Wagner Teixeira Carlos, o Waguinho de Cabo Frio, ainda aguardam decisão judicial. Já o preso Rian Maurício Tavares Mota, conhecido como Da Marinha, foi incluído na lista, mas sua transferência depende de julgamento pendente.
O Departamento Penitenciário Nacional, vinculado ao Ministério da Justiça, definirá o destino dos traficantes dentro do sistema federal. A transferência tem como objetivo impedir a continuidade do comando das facções a partir das prisões estaduais.
A medida ocorre em meio às repercussões da megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha. O governo do Rio sustenta que as ações seguiram as normas legais, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o episódio como uma “matança desastrosa” e pediu investigação independente.






