A Polícia Civil do Rio de Janeiro estima que, durante a megaoperação, o Comando Vermelho tenha mobilizado cerca de 500 homens, “muitos vestidos com roupas camufladas para dificultar a identificação”, portando “elevado poder bélico e métodos capazes de gerar risco letal difuso”. A informação consta em um documento enviado nesta segunda-feira (03) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No relatório, o governador Cláudio Castro (PL) afirma que o uso proporcional da força, “ainda que intenso”, foi necessário diante do perfil paramilitar da organização criminosa. Ainda segundo o texto, a polícia estima que o valor das armas apreendidas durante a operação ultrapasse R$ 12 milhões.
A Suprema Corte havia solicitado explicações ao governo do estado sobre o planejamento e a execução da megaoperação. O documento foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, relator da “ADPF das Favelas”, que estabelece regras para incursões policiais em comunidades do Rio.
Conforme o relatório, 113 pessoas foram presas. Cerca de 120 armas foram recuperadas, incluindo 96 fuzis, e aproximadamente duas toneladas de maconha e 22 quilos de cocaína foram apreendidos. Entre feridos, 13 são policiais (cinco civis e oito militares), quatro são civis e dois são criminosos presos, segundo o documento da Sepol.






