A megaoperação policial que devastou os complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, ainda deixa marcas profundas entre os moradores. Além das 121 mortes registradas, as incursões resultaram na destruição de casas, comércios e meios de subsistência, mergulhando famílias inteiras em situação de vulnerabilidade.
Ações emergenciais começaram a ser articuladas por organizações da sociedade civil e órgãos públicos para tentar amenizar as perdas econômicas e sociais nas comunidades. A Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR) e o Fundo Brasil anunciaram a distribuição de cem cartões de alimentação destinados a trabalhadores e empreendedores locais que ficaram sem renda após a operação.
Os cartões devem beneficiar especialmente pequenos comerciantes e autônomos que tiveram lojas, barracas e oficinas destruídas ou saqueadas durante os confrontos.
Além da ajuda financeira, moradores da Penha e do Alemão também receberão uma ação social promovida pela Defensoria Pública do Rio e sua Ouvidoria. As instituições organizaram um café da manhã coletivo para mais de 150 pessoas, com atividades lúdicas voltadas a crianças das comunidades.
A iniciativa pretende oferecer acolhimento e escuta ativa às famílias afetadas, aproximando os serviços da Defensoria das demandas mais urgentes dos moradores. A programação busca fortalecer o vínculo comunitário e reafirmar o papel das instituições públicas na garantia de direitos básicos em meio a uma das maiores crises humanitárias recentes nas favelas cariocas.






