O Centro do Rio enfrenta uma escalada de crimes neste ano, registrando 4.018 roubos entre janeiro e setembro de 2025, segundo dados do ISP. A sensação de medo se espalha pelas áreas de maior circulação, como Cinelândia, Rua Santa Luzia e Presidente Vargas, onde trabalhadores relatam aumento da violência. A percepção é de insegurança constante.
Mesmo com quatro bases do Segurança Presente instaladas, comerciantes afirmam que a presença do programa não inibe os criminosos. Arrombamentos em série ocorreram na madrugada na Avenida Churchill, quando quatro bancas de jornal foram invadidas no mesmo horário. Lojistas dizem que raramente veem rondas na região.
Um comerciante que teve sua banca destruída relatou que os ataques se repetem sem resposta efetiva. Ele afirma que a ronda ostensiva quase não aparece durante o dia e desaparece totalmente à noite. A falta de vigilância incentiva bandos a agir nos horários mais vulneráveis, especialmente entre 1h e 2h da manhã.
Dados do ISP mostram que, apenas em setembro, o município registrou 4.859 roubos. Entre janeiro e setembro, o Centro contabilizou 38 roubos a estabelecimentos comerciais, quase igualando os números de todo o ano anterior. A escalada preocupa quem depende do comércio local para sobreviver.
Com portas mais cedo fechadas e reforços improvisados em vitrines, lojistas pedem ampliação do efetivo e ações coordenadas. Também solicitam monitoramento por câmeras e integração entre polícias e guardas municipais, especialmente nas transversais da Presidente Vargas e entornos da Cinelândia, onde crimes se concentram.






