O Tribunal de Paris julga, nesta segunda-feira (10), o pedido de liberdade provisória apresentado por Nicolas Sarkozy. Condenado a cinco anos de prisão por conspiração criminosa no financiamento de sua campanha de 2007, ele cumpre pena há menos de três semanas. A decisão pode autorizar sua saída ainda hoje.
Sarkozy afirmou, por videoconferência, que a prisão tem sido “muito dura” e classificou o período como “implacável”. Ele agradeceu aos funcionários da penitenciária por tornarem o “pesadelo suportável”. O ex-presidente está detido na prisão de La Santé, em Paris.
A defesa argumenta que a detenção antes da análise do recurso deve ser excepcional. Os juízes avaliam se Sarkozy representa risco de fuga ou pode interferir no processo. O advogado Christophe Ingrain afirmou que é a detenção que representa ameaça ao ex-presidente.
Sarkozy, de 70 anos, nega qualquer irregularidade e diz ser vítima de uma “conspiração” ligada ao ex-líder líbio Muammar Gaddafi. Ele foi encarcerado após decisão de setembro e deseja aguardar o julgamento da apelação em liberdade. O caso mobiliza a opinião pública francesa.
Além da condenação atual, Sarkozy responde a outros processos. Em 26 de novembro, a mais alta corte da França vai decidir sobre supostas irregularidades na campanha de 2012. Ele também é investigado por possível manipulação de testemunhas no caso da Líbia.






