O governador Cláudio Castro deve anunciar nesta quinta-feira (13) uma operação estadual para remover barricadas erguidas pelo tráfico em favelas do Rio. A iniciativa será apresentada durante reunião com prefeitos da capital, Baixada Fluminense e Leste Metropolitano. A ação busca reorganizar acessos e recuperar circulação em áreas dominadas por bloqueios.
A medida surge após a megaoperação de 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos e reforçou o discurso de segurança pública do governo. O aumento da visibilidade reacendeu especulações sobre uma possível candidatura de Castro ao Senado em 2026. A operação ganha peso político e estratégico.
O modelo adotado pelo Estado se inspira na “Operação Barricada Zero”, apresentada pelo prefeito de Belford Roxo, Márcio Canella. Em diversas comunidades, criminosos utilizam carros queimados, pedras, tonéis e até trilhos de trem para bloquear vias. O objetivo é impedir a circulação de veículos e o avanço das forças de segurança.
Quatro secretarias — Meio Ambiente, Infraestrutura, Cidades e Agricultura — devem atuar na linha de frente, com máquinas e equipes para remoção. A proteção será garantida por policiais que farão o suporte durante as intervenções. Após a limpeza, as equipes devem fechar buracos com concreto e asfalto para evitar novas obstruções.
Segundo interlocutores do governo, a operação será o primeiro recado direto às facções. Caso as barricadas sejam reerguidas, o plano prevê ações mais ostensivas com Bope e Core. Na quinta-feira, os gestores vão definir cronograma, áreas prioritárias e rotas que precisam ser liberadas para a retomada dos serviços públicos.






