A taxa de turismo sustentável, aprovada pela Câmara Municipal de Angra dos Reis no valor de R$ 95 por visitante, será debatida nesta terça-feira (11) em audiência pública na Alerj. A reunião está marcada para as 10h, convocada pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente. O setor turístico acompanha com preocupação.
Representantes da Associação dos Meios de Hospedagem da Ilha Grande (AMHIG) estarão presentes para reforçar o repúdio à medida. A entidade considera a cobrança injusta e prejudicial para a economia local. Segundo eles, o impacto financeiro pode afastar visitantes.
A AMHIG afirma que famílias serão diretamente atingidas pelo alto custo. Um casal com dois filhos gastaria quase R$ 1.180 apenas com barco e taxa, segundo cálculos da entidade. Para o setor, isso desestimula o turismo e compromete a competitividade do destino.
Um estudo técnico da própria Prefeitura de Angra dos Reis, usado como base para a proposta, sugeria uma taxa de apenas R$ 2,70. O documento também defendia que o valor fosse destinado a um fundo específico de preservação ambiental. A lei aprovada, porém, prevê destinação ao caixa geral do município.
Para os representantes do turismo, a decisão representa um risco à economia da Ilha Grande, que depende fortemente dos visitantes. A AMHIG reforça que os desafios de gestão não devem ser resolvidos com aumento de taxas. A entidade promete continuar lutando por um modelo de turismo sustentável e acessível.






