O presídio federal de Catanduvas, no Paraná, será o novo destino dos sete chefes do Comando Vermelho (CV) transferidos nesta quarta-feira (12) do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A unidade é uma das cinco prisões federais do país e conta com rígido esquema de segurança para impedir qualquer tipo de contato com o mundo externo.
A penitenciária possui monitoramento integral por câmeras e sistemas de vigilância de áudio, além de estrutura física reforçada para evitar fugas e invasões. Todos os presos ficam em celas individuais e passam por revistas constantes sempre que se deslocam dentro da unidade.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), os detentos passam 22 horas por dia isolados e têm direito a duas horas de banho de sol em áreas individuais. A entrada de alimentos externos é proibida, e todos os itens de higiene, vestuário e alimentação são fornecidos pelo próprio presídio.
Ao chegarem à unidade, os chefes do CV ficarão isolados por pelo menos 50 dias, sem visitas nem contato com outros presos. Nos primeiros 20 dias, chamados de “tempo de adaptação”, são informados sobre direitos e deveres, e apenas depois desse período os familiares podem solicitar autorização para visitas.
A Penitenciária de Catanduvas já abriga figuras conhecidas do crime organizado, como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que inaugurou o presídio em 2006 e voltou à unidade após passar por outras penitenciárias federais.
Os sete chefes do tráfico transferidos são apontados como responsáveis por ordenar atos de retaliação no Rio, como a instalação de barricadas e sequestros de ônibus após a megaoperação policial nas favelas da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos.






