Uma fiscalização da CPI das Câmeras da Alerj, com apoio da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), identificou nesta sexta-feira (14/11) um galpão suspeito de funcionar como desmanche em Nova Iguaçu. No local, os deputados encontraram latarias, peças de motor e outros componentes automotivos sem nota fiscal. Um homem com a chave do espaço foi conduzido à delegacia.
O depósito havia sido identificado no dia anterior, quando o presidente da CPI, Alexandre Knoploch (PL), e o vice, Marcelo Dino (União Brasil), vistoriavam comércios da região. Ao retornarem ao galpão, acionaram a polícia para verificar a origem do material. Segundo os parlamentares, o estabelecimento também não possuía alvará de funcionamento.
A ação acontece às vésperas da retomada das oitivas da CPI, marcada para segunda-feira (17). Para esta sessão, foram convidados representantes da Secretaria de Fazenda, da Receita Federal e da Susep. O objetivo é aprofundar a apuração sobre associações de proteção veicular e a possível ligação com facções criminosas em esquemas de devolução de carros roubados mediante pagamento.
Esta foi a segunda diligência externa da comissão desde sua criação em junho. A primeira ocorreu em setembro, quando deputados estiveram no Complexo de Gericinó para ouvir detentos acusados de integrar quadrilhas especializadas em roubo e clonagem de veículos no estado. As diligências, segundo os parlamentares, têm sido essenciais para reunir provas.
Com prazo prorrogado por mais 60 dias, a CPI entra em nova fase e avalia ampliar o número de depoentes. Entre as possíveis convocações está o major da PM Ulisses Estevam, suspeito de acionar traficantes para recuperar um carro roubado. A comissão busca consolidar informações para o relatório final, que deve apontar responsabilidades e sugerir medidas de combate ao mercado ilegal de veículos.






