A Prefeitura do Rio deve enviar até o fim do ano à Câmara de Vereadores a nova proposta de revisão do Reviver Centro, programa criado em 2021 para estimular moradia e reocupação urbana na região central da cidade.
A atualização, obrigatória a cada dois anos, marca o início de uma nova fase do plano, que divide opiniões de especialistas, construtores e urbanistas sobre qual deve ser o rumo dos próximos anos.
O Reviver Centro prevê incentivos fiscais, subsídios e normas urbanísticas especiais para recuperar prédios degradados e atrair novos moradores. Ao longo de quatro anos, 61 empreendimentos foram licenciados e 18 lançamentos já chegaram ao mercado, incluindo retrofits emblemáticos como o do Edifício A Noite, na Praça Mauá.
𝐂𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐜𝐢𝐯𝐢𝐥 𝐩𝐞𝐝𝐞 𝐞𝐱𝐩𝐚𝐧𝐬𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐜𝐞𝐧𝐭𝐢𝐯𝐨𝐬
Para o setor imobiliário, o Reviver Centro já demonstra resultados significativos. O presidente do Sinduscon Rio, Claudio Hermolin, afirma que o programa impulsionou a ocupação residencial.
“Já temos hoje a expectativa de chegar ao fim de 2026 com o dobro da população do Centro do que nós tínhamos antes do Reviver”, disse.
Ele também destaca o salto de lançamentos desde 2021: 18 projetos residenciais e quase 3.500 unidades colocadas no mercado. Segundo Hermolin, cerca de 85% das unidades já foram vendidas.
“Antes da sanção do Reviver Centro, nós tivemos apenas três projetos lançados. (…) Hoje, já foram 18 projetos residenciais lançados, num total de quase 3.500 unidades”, completou.
Uma das principais demandas dos construtores é ampliar a Operação Interligada, que permite usar créditos gerados por obras no Centro para construir em outros bairros.
Na visão de pesquisadoras e urbanistas, a revisão do Reviver Centro deve priorizar habitação de interesse social. A professora da FAU/UFRJ Laisa Ströher afirma que parte dos empreendimentos licenciados está voltada ao mercado de aluguel temporário, e não a moradia permanente.






