O senador Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS, anunciou que enviará um ofício ao Banco Central pedindo a suspensão dos descontos de empréstimos consignados por 180 dias. A medida valeria apenas para contratos já existentes, sem cobrança de juros, permitindo auditoria ampla sobre possíveis fraudes contra aposentados e pensionistas.
Viana afirma que a pausa temporária não afetaria novos contratos, que continuariam sendo liberados normalmente. Durante o período de suspensão, nenhuma parcela seria descontada e nenhum beneficiário seria considerado inadimplente, garantindo proteção enquanto as investigações avançam.
O ofício será encaminhado também à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à direção do INSS. A iniciativa ocorre após acordo entre INSS e banco BMG, que devolverá cerca de R$ 7 milhões a 100 mil segurados por cobranças indevidas em consignados.
Para Viana, o episódio envolvendo o BMG revela apenas parte do problema. Ele argumenta que o ressarcimento é pequeno diante do volume de denúncias e defende ampliar a apuração sobre outras instituições financeiras envolvidas em práticas suspeitas.
A CPMI segue investigando golpes conhecidos como “esteira da fraude”, que envolvem crédito contratado sem consentimento de idosos e vulneráveis. Para o senador, suspender os descontos é passo essencial para garantir segurança, transparência e responsabilização no sistema de consignados.






