O Governo do Estado pretende anunciar, já no mês que vem, quem será o novo operador do sistema ferroviário do Rio. A mudança se tornou inevitável depois que a Supervia oficializou sua saída da concessão no dia 16 de março de 2026, encerrando quase 30 anos à frente dos trens metropolitanos.
A nova gestão terá pela frente um cenário considerado crítico por passageiros e especialistas. A falta de manutenção é visível em diversas estações, mas os problemas vão muito além das estruturas desgastadas. Há consumo de drogas em áreas internas, intervalos irregulares entre composições, banheiros em condições precárias, escadas rolantes quebradas e acessibilidade comprometida. Em Deodoro, o que se vê é praticamente um cemitério de trens abandonados.
O sistema ferroviário do Rio reúne 270 quilômetros de trilhos, cinco ramais, três extensões e 104 estações. Cerca de 300 mil passageiros utilizam o serviço diariamente, conectando a capital a municípios do entorno. A passagem custa R$ 7,60, com tarifa social a R$ 5 — valores considerados altos por muitos usuários diante da qualidade atual do serviço.
Com a contagem regressiva para o fim da concessão, o estado tenta acelerar a escolha do novo controlador, que precisará enfrentar insegurança, lotação crônica e um sucateamento acumulado ao longo dos anos.






