A queda de uma passarela na BR-116, em Magé, nesta quarta-feira, trouxe de volta um padrão já conhecido na região metropolitana. Assim como em outros acidentes graves, o caminhão trafegava com a caçamba levantada quando atingiu a estrutura. O impacto derrubou a passarela sobre o carro de José Antonio Leal da Mota Mendes, de 62 anos, que morreu no local.
A Polícia Rodoviária Federal confirmou que o motorista do caminhão sofreu apenas ferimentos leves e foi levado à delegacia. A dinâmica do caso é semelhante à de acidentes anteriores no Rio, que também envolveram veículos de carga com a caçamba erguida. Esses episódios reforçam preocupações sobre fiscalização e manutenção das vias.
O caso mais letal ocorreu em 2014, na Linha Amarela, quando um caminhão basculante derrubou uma passarela na altura de Pilares. Cinco pessoas morreram, entre pedestres e ocupantes de veículos atingidos pelos escombros. Outras seis ficaram feridas, e o motorista acabou condenado por homicídio e lesão corporal culposos.
Em 2018, na Avenida Brasil, um caminhão a serviço das obras do BRT Transbrasil derrubou uma estrutura provisória ao trafegar com a caçamba levantada. A vítima fatal foi o próprio motorista, esmagado dentro da cabine com o colapso da passarela. O acidente interrompeu o trânsito por horas e provocou grande congestionamento.
Os episódios mostram como falhas de operação e fiscalização podem resultar em tragédias. As semelhanças entre os casos levantam questionamentos sobre prevenção e monitoramento nas principais rodovias do estado. Para especialistas e usuários, evitar novas ocorrências depende de medidas mais rigorosas e atenção contínua ao tráfego de veículos pesados.






