O prefeito Eduardo Paes anunciou, no Dia da Consciência Negra, o projeto Praça Onze Maravilha, que marca uma nova etapa de transformação urbanística no berço do samba. O plano inclui a derrubada do Elevado Trinta e Um de Março, que será substituído por um mergulhão, além da instalação da nova Cidade do Samba às margens da Presidente Vargas. O projeto também prevê condomínios residenciais, áreas verdes e a Biblioteca dos Saberes no local do atual Terreirão.
Paes afirmou que a proposta segue a linha das intervenções do Porto Maravilha, que alteraram a paisagem e a relação dos moradores com a região. A prefeitura anunciou ainda o Parque do Porto e o Centro Cultural Rio África como novos equipamentos culturais. Segundo o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere, a ideia é resgatar a identidade histórica da antiga Praça Onze e integrá-la à Praça da Apoteose, que voltará a funcionar como espaço público.
As obras serão financiadas por Parcerias Público-Privadas, com orçamento estimado em R$ 1,75 bilhão. A previsão é que as intervenções estejam concluídas até 2032. A prefeitura enviará à Câmara, na próxima segunda-feira, um projeto que cria a Área de Especial Interesse Urbanístico da Praça Onze, flexibilizando regras e gabaritos para estimular o mercado imobiliário.
A expectativa do município é que a região receba cerca de 25 mil novas moradias, ampliando o adensamento residencial próximo ao Sambódromo. As mudanças devem alcançar bairros como Estácio, Centro, Cidade Nova e Cruz Vermelha, fortalecendo a ocupação urbana em áreas com ampla infraestrutura.
O projeto urbanístico é elaborado por um consórcio liderado pelo arquiteto Rodrigo Azevedo, selecionado por chamamento público. Já a Biblioteca dos Saberes será assinada pelo arquiteto Francis Kéré, de Burkina Faso, primeiro negro a conquistar o Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial.






