Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
SEOP desmonta feirão clandestino de carros em Parada de Lucas
Estado
SEOP desmonta feirão clandestino de carros em Parada de Lucas
Theatro Municipal do Rio terá programação especial do ballet para Quebra-Nozes
Entretenimento
Theatro Municipal do Rio terá programação especial do ballet para Quebra-Nozes
Alerj reage a decreto que permite avanço com até seis reprovações no ensino médio
Estado
Alerj reage a decreto que permite avanço com até seis reprovações no ensino médio
PF investiga desvio de R$ 15 milhões em alvarás da Justiça do Trabalho
Brasil
PF investiga desvio de R$ 15 milhões em alvarás da Justiça do Trabalho
Natal da Cinelândia transforma o Centro em grande circuito cultural gratuito
Rio de Janeiro
Natal da Cinelândia transforma o Centro em grande circuito cultural gratuito
Serra das Araras avança e obra deve ser entregue antes do previsto
Estado
Serra das Araras avança e obra deve ser entregue antes do previsto
Brasil avança 19 posições em ranking global de liberdade de imprensa
Brasil
Brasil avança 19 posições em ranking global de liberdade de imprensa

Ativistas paraenses relembram origem da Marcha das Mulheres Negras durante a COP30

Dez anos após a primeira mobilização, movimento prepara nova marcha em Brasília

Siga-nos no

Reprodução

Instalada na Praça da República, em Belém, a Black Zone reúne mulheres negras em atividades paralelas à COP30. O espaço promove debates e trocas de vivências enquanto reforça a preparação para a Marcha das Mulheres Negras. A iniciativa homenageia Raimunda Nilma Bentes, a Dona Nilma, idealizadora da marcha de 2015.

Dona Nilma relembra que a proposta surgiu em 2011, durante um evento na Bahia, quando sentiu a necessidade de uma ação nacional mais contundente. Em 2015, cerca de 70 mil mulheres caminharam até a Praça dos Três Poderes, defendendo o bem viver e denunciando racismo e violência. Segundo ela, a mobilização revelou uma demanda reprimida e uniu mulheres de diferentes territórios.

Para a coordenadora do Cedenpa, Maria Malcher, as pautas de reparação seguem centrais na luta das mulheres negras. O conceito abrange desde a reparação histórica pela escravização até o combate à xenofobia, à violência e ao racismo. Já o bem viver envolve questões políticas amplas e demandas específicas dos territórios, como valorização do cuidado e participação no Parlamento.

Em 2025, dez anos após a primeira marcha, as ativistas voltam a Brasília com reivindicações semelhantes. Para fortalecer essa atuação, foi criado o Comitê Nacional das Mulheres Negras por Justiça Climática, oficializado em novembro. O grupo reúne 36 organizações e prepara um manifesto que será entregue aos Três Poderes durante a marcha.

Além da mobilização, mais de 50 atividades integram a programação em Belém, incluindo assembleias, diálogos globais, encontros LGBTQAPN+ e debates com juventudes. As organizações também produzem uma cartilha de formação, organizada por Flávia Ribeiro, para orientar novas participantes e registrar a trajetória da marcha e suas proposições.