O prefeito Eduardo Paes revogou a licitação que previa a restauração do Terreirão do Samba Nelson Sargento, ao lado do Sambódromo. A decisão integra o espaço a um novo projeto urbano planejado para a região da Marquês de Sapucaí. A medida cancelou o contrato do consórcio Praça 11, vencedor da disputa.
O plano da Prefeitura prevê a construção de um mergulhão, uma biblioteca pública e uma grande área verde no local do atual viaduto. Segundo a administração municipal, a integração do Terreirão ao novo desenho urbano é essencial para requalificar a área do Sambódromo. O projeto também inclui adequações viárias e novos equipamentos culturais.
O consórcio Praça 11 criticou a revogação e alegou que ela cria “insegurança jurídica”. Em nota, o empresário Sávio Neves afirmou que o grupo buscará diálogo com a Prefeitura para assegurar os direitos previstos no edital. O consórcio argumenta que já havia iniciado planejamentos e investimentos para o início das obras.
O projeto original do Terreirão previa transformar o espaço em uma cidade cenográfica inspirada no casario do início do século XX. A proposta buscava recuperar a memória da antiga Praça Onze, berço do samba e território simbólico de figuras como Tia Ciata. A ideia era reforçar a identidade cultural da região.
Com a revogação, o futuro do espaço depende dos próximos passos da Prefeitura e dos recursos apresentados pelo consórcio. A administração insiste que o novo plano urbanístico é decisivo para o conjunto arquitetônico do Sambódromo. O consórcio, por sua vez, promete recorrer para garantir seus direitos no processo licitatório.






