A Prefeitura do Rio decidiu não renovar, para 2026, os contratos com as creches comunitárias vinculadas à vereadora Gigi Castilho. A medida foi publicada no Diário Oficial e afeta dez unidades conveniadas que atendem mais de dois mil alunos. As instituições foram fundadas pela vereadora e pelo marido, que deixaram a gestão em 2020.
A decisão ocorre em meio a investigações da Polícia Civil, que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao caso. As apurações miram possíveis desvios de verba pública e fraudes em contratos de educação infantil. O Tribunal de Contas do Município também acompanha o caso.
Relatórios do TCM apontam suspeitas de uso de empresas de fachada para emissão de notas superfaturadas. Em apenas seis meses, uma das creches recebeu cerca de R$ 9 milhões e realizou mais de 800 saques em espécie, somando R$ 1,7 milhão, movimentação considerada atípica para unidades desse porte.
Ex-funcionários relataram situações suspeitas, incluindo um episódio em que o marido da vereadora teria deixado cair uma sacola com dinheiro durante uma ação policial. As denúncias reforçam a necessidade de apuração sobre a destinação dos recursos públicos.
A defesa de Gigi Castilho nega qualquer envolvimento e afirma que a vereadora não possui vínculo executivo com as creches. Em nota, o advogado diz que ela não é investigada e que todas as acusações serão esclarecidas. A Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestou.






