Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
PF investiga desvio de R$ 15 milhões em alvarás da Justiça do Trabalho
Brasil
PF investiga desvio de R$ 15 milhões em alvarás da Justiça do Trabalho
Natal da Cinelândia transforma o Centro em grande circuito cultural gratuito
Rio de Janeiro
Natal da Cinelândia transforma o Centro em grande circuito cultural gratuito
Serra das Araras avança e obra deve ser entregue antes do previsto
Estado
Serra das Araras avança e obra deve ser entregue antes do previsto
Brasil avança 19 posições em ranking global de liberdade de imprensa
Brasil
Brasil avança 19 posições em ranking global de liberdade de imprensa
Nasa revela imagem da “árvore de Natal” cósmica
Mundo
Nasa revela imagem da “árvore de Natal” cósmica
Câmara aprova aluguel consignado e projeto segue para o Senado
Política
Câmara aprova aluguel consignado e projeto segue para o Senado
Carlos Bolsonaro vai renunciar e deixa Câmara do Rio nesta semana
Política
Carlos Bolsonaro vai renunciar e deixa Câmara do Rio nesta semana

Iphan vai deliberar sobre tombamento da antiga sede do DOPS no Rio

Prédio que simboliza repressão da ditadura pode virar bem tombado e integrar políticas de memória

Siga-nos no

Reprodução

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan se reúne nesta quarta-feira (26) para decidir sobre o tombamento definitivo do edifício que abrigou o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), na Rua da Relação, no centro do Rio. O local teve papel central na repressão, vigilância e tortura de opositores durante a ditadura militar.

A proposta sustenta que o imóvel tem relevante valor histórico e artístico, pedindo sua inscrição nos Livros do Tombo Histórico e das Belas Artes. Com isso, o prédio passaria a integrar oficialmente o conjunto de bens protegidos pelo Iphan, reforçando políticas de preservação da memória e de fortalecimento da democracia.

Inaugurado em 1910 como sede da Repartição Central de Polícia, o prédio abrigou diferentes polícias políticas ao longo do século. Entre 1962 e 1975, funcionou ali o DOPS-RJ, que atuava no monitoramento, investigação e repressão de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, artistas e quaisquer grupos considerados ameaças ao regime.

As instalações — incluindo celas e salas de interrogatório com revestimento acústico — ainda preservam marcas e inscrições de presos políticos. A repressão atingiu diversos segmentos da sociedade, como mulheres, negros e praticantes de religiões de matriz africana, que tiveram objetos de culto apreendidos.

Atualmente, movimentos de direitos humanos e o Ministério Público Federal defendem que o prédio seja transformado em um Centro de Memória e Direitos Humanos. A proposta busca transformar o espaço em referência para educação, justiça e enfrentamento ao autoritarismo, garantindo que as violações do período não sejam esquecidas.