A sessão desta quarta-feira (26) na Assembleia Legislativa do Rio foi interrompida após um embate entre Renata Souza (Psol) e Rodrigo Amorim (União Brasil). A deputada criticou a operação policial que deixou um menino ferido dentro de uma escola na Maré, o que elevou a tensão no plenário. O presidente Rodrigo Bacellar precisou intervir para retomar a ordem.
O menino de 12 anos participava de uma atividade escolar no Ciep Hélio Smidt, na Nova Holanda, quando foi atingido por um disparo durante um confronto próximo ao 22º BPM. A operação, segundo a Polícia Civil, ocorreu após indícios de tentativa de invasão de traficantes, desencadeando troca de tiros, fechamento da Linha Amarela e três suspeitos mortos.
Durante sua fala, Renata Souza afirmou sentir indignação e disse que casos de crianças baleadas em escolas se repetem. A deputada criticou o governo estadual, questionou a estratégia de inteligência e classificou o episódio como resultado de uma política baseada na violência. Ela declarou repúdio ao governador Cláudio Castro.
A resposta veio rapidamente de Rodrigo Amorim, que acusou Renata de descumprir o regimento e fazer proselitismo político. Ele defendeu a operação policial, chamou os suspeitos mortos de “marginais” e afirmou que a oposição ignora mortes de agentes de segurança. O deputado disse que as forças policiais atuam em “cruzada contra o crime”.
Com a troca de acusações, Rodrigo Bacellar pediu que os discursos fossem feitos no momento adequado, ressaltando que a sessão ainda estava no início. Dani Monteiro também se manifestou, afirmando que a Comissão de Direitos Humanos acompanha casos envolvendo policiais e que presta apoio às famílias sempre que um agente morre em serviço.






