Moradores do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, protestaram nesta quarta-feira (26) contra a operação emergencial da Polícia Civil. O grupo bloqueou duas faixas da Linha Amarela, na altura da Vila do João, no sentido Barra, acompanhados por policiais do 22º BPM, Recom e BPVE.
A Polícia Civil afirmou que três mortos seriam suspeitos, mas familiares de Bruno Paixão contestam, dizendo que ele trabalhava como vendedor de queijo e não tinha envolvimento com crime. Imagens compartilhadas mostram uma kombi com marcas de tiros e carga de queijo, mas ainda não há confirmação oficial sobre sua morte.
Além das três mortes, uma criança de 10 anos foi baleada na perna dentro da Escola Municipal Hélio Smidt durante o confronto. Ela foi levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e recebe atendimento médico. Um suspeito também foi preso na operação.
A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga as mortes. Segundo a corporação, agentes agiram após receber informações de inteligência sobre traficantes fortemente armados planejando invadir uma comunidade rival.
O protesto mostra a insatisfação dos moradores com a ação policial, que resultou em mortes e feridos, enquanto familiares questionam a versão oficial e exigem esclarecimentos sobre os corpos e a identificação dos mortos.






