O contraventor Rogério Andrade permanecerá no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A decisão, ratificada nesta terça-feira (25), mantém o bicheiro por mais um ano no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O pedido partiu do Gaeco, do Ministério Público do Rio, e foi acolhido pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do TJ-RJ.
A renovação do RDD se baseia na denúncia que aponta Rogério Andrade e Flávio da Silva Santos, conhecido como “Flávio da Mocidade”, como chefes da principal estrutura criminosa responsável pela exploração de jogos de azar no estado. O documento descreve ainda disputas violentas com grupos rivais e a corrupção sistemática de unidades das polícias Civil e Militar.
Rogério está preso desde outubro de 2024, acusado pelo Gaeco de homicídio qualificado pela morte de Fernando de Miranda Iggnacio, executado em novembro de 2020 no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.
A 1ª Vara Especializada reforçou, em ofício encaminhado à Justiça, que Rogério é apontado como um dos líderes do crime organizado no Rio e que sua permanência no sistema federal é essencial para evitar interferências externas.
A manutenção do RDD reverte uma decisão tomada no início deste mês pela 8ª Câmara Criminal, que havia determinado o retorno do contraventor ao sistema prisional fluminense sob argumento de que o regime extraordinário não seria indispensável. Com a nova determinação, a transferência está descartada e Rogério seguirá em Campo Grande.






