Eduardo Bolsonaro (PL-SP), impedido de votar na Câmara desde agosto, voltou a gerar repercussão ao constar como participante da sessão que derrubou vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação levou o presidente do Congresso, David Alcolumbre, a anular imediatamente o voto em plenário.
O deputado tem o acesso bloqueado ao Infoleg, sistema oficial de presença e votação da Câmara, que impede votos do exterior salvo em missão oficial. Mesmo assim, ele conseguiu registrar seu voto pelo e-Cédula, sistema usado em sessões conjuntas do Congresso, que funciona de forma independente do Infoleg.
O envio da cédula digital permitiu que seu voto fosse contabilizado, mas sem registrar presença efetiva, o que chamou atenção de técnicos e parlamentares. Assim que a situação foi identificada, Alcolumbre determinou que o voto fosse descartado, reforçando que a regra vale para todas as sessões do Congresso.
O episódio reacende o debate sobre votação remota de deputados, já que Eduardo, morando nos Estados Unidos, acumulou 52 faltas em 67 sessões neste ano. O índice de 77,6% de ausências pode levar à perda de mandato conforme a Constituição, análise que só deve ocorrer em 2026.
Enquanto isso, o PL tenta minimizar o desgaste interno e os efeitos da situação na votação de vetos importantes, como os relacionados à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O caso volta a expor as brechas em sistemas de votação remota e a tensão sobre mandatos exercidos fora do país.






