A cidade do Rio já contabiliza 640 mortes no trânsito até outubro deste ano — quase duas por dia. Para marcar a gravidade do cenário, a Prefeitura realiza nesta sexta-feira (28) uma ação em memória das vítimas nos Arcos da Lapa, com atividades educativas e serviços de saúde.
Organizado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a CET-Rio, o ato reforça que motociclistas continuam sendo os mais vulneráveis. Segundo André Moura, diretor técnico da CET-Rio, mais de 650 óbitos e 47 mil atendimentos já foram registrados em 2025. Ele destaca que Zona Norte, Zona Oeste e grandes corredores concentram parte significativa das ocorrências e que a companhia intensifica ações de sinalização, fiscalização e tecnologia.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, alerta para o impacto da imprudência no sistema hospitalar. Excesso de velocidade, avanço de sinal e uso de celular ao volante seguem como principais causas dos acidentes. Soranz lembra que cirurgias ortopédicas, que deveriam atender idosos e pacientes com doenças crônicas, acabam ocupadas por vítimas de moto.
O comportamento dos pedestres também preocupa: foram nove mil atropelamentos, muitos registrados até mesmo embaixo de passarelas da Presidente Vargas e da Avenida Brasil. Se o ritmo se mantiver, o total de mortes pode superar as 724 registradas no ano passado. O ato desta sexta busca homenagear as vítimas e reforçar a urgência por responsabilidade de todos que circulam pela cidade.






