A expectativa de vida do brasileiro chegou a 76,6 anos em 2024, segundo o IBGE. O avanço representa um ganho de 2,5 meses em relação ao ano anterior e mantém a tendência de longevidade crescente no país: desde 1940, o salto é de mais de 31 anos. Para os homens, a estimativa subiu para 73,3 anos; para as mulheres, 79,9 anos.
O levantamento destaca, porém, que a sobremortalidade masculina segue concentrada entre jovens de 15 a 29 anos. Nesse grupo, homens têm até quatro vezes mais chance de morrer do que mulheres. O IBGE lembra que homicídios, acidentes e outras causas externas seguem pressionando a mortalidade masculina, impedindo ganhos ainda maiores.
A taxa de mortalidade infantil caiu para 12,3 mortes por mil nascidos vivos — uma das menores da série — impulsionada por vacinação, pré-natal, aleitamento materno, agentes de saúde e melhorias no saneamento e renda.
A expectativa de vida aos 60 anos também cresceu: quem alcança essa idade vive, em média, mais 22,6 anos. Mulheres chegam a 24,2 anos adicionais; homens, 20,8. Aos 80 anos, a projeção é de mais 9,5 anos de vida para elas e 8,3 para eles.
Para o IBGE, a redução da mortalidade infantil, a queda gradual das mortes por doenças e o envelhecimento sustentado reforçam o ciclo histórico de aumento da longevidade no Brasil — ainda marcado por desafios no enfrentamento à violência contra jovens.






